Quanto se pode ou quer ver?
Delicadeza?
Beleza?
Passado?
Detalhe da obra música? Nada?
Memórias sensoriais e diversas percepções advindas de um mesmo molde.
Um olhar.
Dois olhares.
Meu olhar.
Seu olhar.
Nosso olhar. Mesmo o que os nossos acolhem em um primeiro momento, possivelmente, será diferente em um próximo.
Nossos receptores sensoriais mudam em cada piscar. Impulsionados com tanta força armazenada em todos os poros a qual aflora simbolizada por uma fina pálpebra.
Quanta responsabilidade em ter que dosar e assimilar.
Laço ritmado pelo mesmo sentido indefinido e pontual do 'tempo'.
Irreal? Ilusório? Normal?
Quanto se pode ou quer ver?
Patricia Ulmann