quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Quanto se pode ou quer ver?


 
Quanto se pode ou quer ver?

Delicadeza?
Beleza? 
Passado?
Detalhe da obra música? Nada?
Memórias sensoriais e diversas percepções advindas de um mesmo molde. 

Um olhar. 
Dois olhares.
Meu olhar.
Seu olhar. 
Nosso olhar. Mesmo o que os nossos acolhem em um primeiro momento, possivelmente, será diferente em um próximo. 

Nossos receptores sensoriais mudam em cada piscar. Impulsionados com tanta força armazenada em todos os poros a qual aflora simbolizada por uma fina pálpebra. 
Quanta responsabilidade em ter que dosar e assimilar. 
Laço ritmado pelo mesmo sentido indefinido e pontual do 'tempo'.

Irreal? Ilusório? Normal?

Quanto se pode ou quer ver?

Patricia Ulmann