Augusto
de Carvalho Rodrigues dos Anjos, poeta brasileiro,
vivenciou a época do parnasianismo e simbolismo e das influências destas
escolas literárias através de seus escritores, como: Olavo Bilac, Alberto de
Oliveira, Cruz e Souza, Graça Aranha, dentre outros. Porém, o único livro do
escritor, intitulado “Eu”, trouxe inovação no modo de escrever, com idéias
modernas, termos científicos e temáticos influenciadas por sua multiplicidade
intelectual.
Pela divergência dos assuntos tratados pelo autor em seus poemas
em relação aos dos autores da época, Augusto dos Anjos se encaixa na fase de
transição para o modernismo, chamada de pré-modernismo. Todavia, muitos
críticos, como o poeta Ferreira
Gullar, preferem identificá-lo como pré-modernista, pois encontramos características nitidamente
expressionistas em seus poemas.
É conhecido como um dos poetas mais críticos do
seu tempo, e até hoje sua obra é admirada tanto por leigos como por críticos literários.
O poeta tinha como tema uma profunda obsessão pela morte e teve como base a ideia de negação da vida material e um estranho interesse pela decomposição do
corpo e do papel do verme nesta questão. Por este motivo foi conhecido também
como o “Poeta da morte”. Sua única obra marca a literatura
brasileira pela linguagem e temática diferenciadas.