sexta-feira, 1 de março de 2013

Programa 129 - poema 2

~

A vida bate como um relógio. Um arfar de vento no capim. É fome que rói as entranhas, facho que ilumina os olhos, percorre o corpo em incêndio e queima os lábios de paixão. Um cheiro de carne, de vinho, de fruta recém-tirada do pé. A vida recende violenta, por que não abocanhá-la inteira, cruel, vermelha, suculenta, escorrendo sangue pelos dentes?
(Raquel Naveira)

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Várias mentes pensam melhor que uma ... Deixe seu registro, feedback e idéias. Vamos lá !!