O mito fala sobre prisioneiros (desde o
nascimento) que vivem presos em correntes numa caverna e que passam todo tempo
olhando para a parede do fundo que é iluminada pela luz gerada por uma fogueira.
Nesta parede são projetadas sombras de estátuas representando pessoas, animais,
plantas e objetos, mostrando cenas e situações do dia a dia. Os prisioneiros
ficam dando nomes às imagens (sombras), analisando e julgando as situações.
Vamos imaginar que
um dos prisioneiros fosse forçado a sair das correntes para poder explorar o
interior da caverna e o mundo externo. Entraria em contato com a realidade e
perceberia que passou a vida toda analisando e julgando apenas imagens
projetadas por estátuas. Ao sair da caverna e entrar em contato com o mundo
real ficaria encantado com os seres de verdade, com a natureza, com os animais
e etc. Voltaria para a caverna para passar todo conhecimento adquirido fora da
caverna para seus colegas ainda presos. Porém, seria ridicularizado ao contar
tudo o que viu e sentiu, pois seus colegas só conseguem acreditar na realidade
que enxergam na parede iluminada da caverna. Os prisioneiros vão o chamar de
louco, ameaçando-o de morte caso não pare de falar daquelas ideias consideradas
absurdas.
O mito da caverna é
uma metáfora da condição humana perante o mundo, no que diz respeito à
importância do conhecimento filosófico e à educação como forma de superação da
ignorância,sto é, a passagem gradativa do senso comum enquanto visão de mundo e
explicação da realidade para o conhecimento filosófico, que é racional,
sistemático e organizado, que busca as respostas não no acaso, mas na
causalidade.
Segundo a metáfora
de Platão, o processo para a obtenção da consciência, isto é, do conhecimento
abrange dois domínios: o domínio das coisas sensíveis (eikasia e pístis) e o
domínio das ideias (diánoia e nóesis). Para o filósofo, a realidade está no
mundo das ideias - um mundo real e verdadeiro - e a maioria da humanidade vive
na condição da ignorância, no mundo das coisas sensíveis - este mundo -, no
grau da apreensão de imagens (eikasia), as quais são mutáveis, não são
perfeitas como as coisas no mundo das ideias e, por isso, não são objetos
suficientemente bons para gerar conhecimento perfeito. (WIKIPÉDIA)
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